Esclerose múltipla: dados obtidos em pesquisas podem oferecer o diagnóstico clínico e laboratorial
Entenda mais sobre essa doença que já atinge 2,5 milhões de pessoas ao redor do mundo
A esclerose múltipla é uma das doenças mais comuns em adultos jovens no mundo. Mais comum em mulheres do que em homens, geralmente é diagnosticada entre 20 e 40 anos, mas pode desenvolver-se em qualquer idade. A doença compromete o sistema nervoso e provoca a perda de mielina, uma substância que rodeia algumas fibras nervosas, fazendo com que tenham uma condução de impulsos nervosos mais rápida, que leva à interferência na transmissão dos impulsos, o que produz os diversos sintomas da doença. Pesquisadores não sabem com certeza o que desencadeia a inflamação e é difícil chegar ao diagnóstico preciso, por conta de os sintomas serem bastante parecidos com os de outras doenças neurológicas.
Para o Dr. Emerson Gasparetto, estudos indicam que pode haver um fator ambiental envolvido. “As pessoas com histórico familiar de esclerose múltipla e aqueles que vivem em zonas geográficas onde a esclerose múltipla é mais comum têm um risco maior de desenvolver a doença”, afirma ele. O médico esclarece que quando uma pessoa que possui a doença tem uma primeira síndrome clinicamente isolada, a doença já atacou o cérebro por algum tempo. Uma vez iniciada a resposta autoimune, o paciente terá mais tempo para diminuir a velocidade no início de seu curso; quanto mais tarde, mais difícil controlar os sintomas. O uso de medicação faz com que as lesões novas diminuam ou até desapareçam.
Dados obtidos em pesquisas podem oferecer o diagnóstico clínico e laboratorial, mas ainda em alguns casos podem ser insuficientes para definir de imediato se a pessoa é ou não portadora de esclerose múltipla, uma vez que os sintomas se assemelham a outros tipos de doença neurológica. Nesses casos, a confirmação diagnóstica pode levar mais tempo. “O mais importante é aliar ao conhecimento médico uma história sugestiva, tal como exame físico e neurológico, assim como exames complementares, todos indicados pelo médico neurologista, para se cercar de todas as hipóteses”, revela o médico. Apesar de não existir cura até o momento para a esclerose múltipla, muito pode ser feito para ajudar as pessoas portadoras desse mal a serem independentes e a terem uma vida confortável e produtiva.
Emerson Gasparetto lembra que existem tratamentos que visam reduzir surtos e, assim, o acúmulo de incapacidade com o tempo. A definição da melhor terapia depende da forma de manifestação da EM. A indicação é feita pelo neurologista. Quanto antes iniciar o tratamento, mais chances de reduzir a progressão da doença com o tempo. Além da medicação para a doença, existem fármacos que buscam aliviar sintomas como dor, dormência, urgência urinária e fadiga. Cada sintoma deve ser discutido com o neurologista a fim de viabilizar a melhor conduta e orientação para lidar com ele.
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