Blefarite: conheça a alteração ocular mais comum do mundo
Especialista conta que, por ser uma doença crônica, pode acometer todas as idades
Lacrimejamento, vermelhidão, sensação de areia ou queimação dentro dos olhos, pálpebras vermelhas e inchadas, sensibilidade à luz... No tempo de umidade relativa baixa é muito comum sentir tudo isso. Entretanto, apesar de muita gente atribuir a um simples olho seco, esses sintomas podem ser de uma blefarite.
A blefarite é a alteração ocular mais comum do mundo. É uma inflamação que afeta as pálpebras, provocando coceira, tornando-as vermelhas e irritadas. Pode ser classificada em anterior, que ocorre na borda frontal da pálpebra, onde os cílios crescem; ou posterior, atingindo a parte interior da pálpebra, entrando em contato com o globo ocular.
"Pessoas com tendência a pele mais oleosa e caspas, ou que têm doenças dermatológicas, como a rosácea, são mais suscetíveis à blefarite. O mau funcionamento das glândulas sebáceas na região do olho, infecção bacteriana, alergias a medicamentos, a maquiagens ou mesmo a soluções de lentes de contato também contribuem para o surgimento da doença", afirma a Dra. Patrícia Moitinho Ferreira, chefe do setor de cirurgia plástica ocular e vias lacrimais do Hospital Oftalmológico de Brasília (HOB).
Quando severa, a blefarite pode gerar visão embaçada, queda de cílios, terçol de repetição, conjuntivite crônica e inflamações em outros tecidos oculares, principalmente a córnea. Segundo Patrícia, apesar de trabalhoso, o tratamento para a blefarite é simples, mas requer cuidados extremos com a higiene palpebral.
"Compressas mornas, shampoo neutro, lágrimas artificiais, pomadas antibióticas e medicação oral são alguns dos recursos que podem ser utilizados para combater o problema. Quem usa lentes de contato tem que ter ainda mais atenção, pois há uma chance maior de inflamação. Entretanto, por ser uma doença crônica, que acomete todas as idades, é fundamental que o paciente seja disciplinado, adquira esses hábitos de limpeza e tenha um acompanhamento periódico do oftalmologista, pois só ele pode diagnosticar e receitar o tratamento adequado", finalizou a especialista.
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