Janeiro Branco: 7 dicas para manter o cuidado com a saúde mental e emocional
Com lei nacional decretada em abril de 2023, a campanha ‘Janeiro Branco’ é regulamentada em todo o país
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 'saúde mental’ é um estado de bem-estar no qual o indivíduo é capaz de usar suas próprias habilidades, recuperar-se do estresse da rotina, ser produtivo e contribuir com a sua comunidade. Além dos aspectos mentais, a saúde mental também engloba os aspectos físicos e sociais.
Entretanto, o bem-estar mental é negligenciado e marginalizado ao redor do mundo. A OMS afirma que 80% das pessoas que vivem com condições de saúde mental estão sem nenhum tipo de tratamento qualificado para o cuidado. No Brasil, o Ministério da Saúde destaca que um dos problemas que mais afeta a população brasileira é a ansiedade, no qual cerca de 9,3% do país sofre com esse transtorno.
Dessa forma, assim como o Outubro Rosa e o Novembro Azul, o Janeiro Branco é uma campanha de conscientização da população. O seu principal objetivo é alertar sobre a importância do cuidado com a saúde mental, entendendo as questões e as necessidades envolvidas no emocional das pessoas e das instituições humanas.
No Brasil, o Janeiro Branco foi criado em 2014 pelo psicólogo e palestrante Leonardo Abrahão, na cidade de Uberlândia, em Minas Gerais. Somente em abril de 2023 a campanha virou lei nacional (14.556/2023), se tornando regulamentada em todo o país.
A escolha da campanha para o primeiro mês do ano não foi sem razão. De modo simbólico e cultural, as pessoas estão mais propensas a olharem para suas vidas, suas emoções, seus sentidos e suas relações de forma mais crítica e analítica quando um novo ano se inicia. É muito comum que elas se sintam inspiradas a adotarem novos hábitos e a reescreverem as suas próprias histórias.
Especialistas afirmam que, além de buscar ajuda psiquiátrica para o tratamento de transtornos mentais, é essencial para a população cuidar do bem-estar e da saúde física, através da adoção de hábitos saudáveis no dia a dia. Vale também ressaltar que esse olhar para a saúde mental é importante não apenas nos casos mais graves, mas também nos estágios iniciais das doenças, antes de encaminharem para situações mais complicadas. A prevenção primária é fundamental.
Sendo assim, atualmente em todo o Brasil, existem 2.884 Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) habilitados pelo Ministério da Saúde para acolhimento e tratamento de pessoas com distúrbios de saúde mental. O país tem 72 unidades de acolhimento, cujo acesso ocorre via CAPS. Os espaços oferecem total acolhimento protetivo por até seis meses, a depender do projeto terapêutico. São divididas em 26 unidades para atendimento infanto-juvenil (até os 18 anos incompletos) e 46 unidades destinadas a adultos.
Dicas para cuidar da saúde mental
1- Estabeleça metas tangíveis, com prazos mais curtos ou divididas em etapas, para garantir que se concretizem. Tenha cautela com as expectativas, pois a frustração pode gerar sofrimento emocional;
2- Aprenda a reconhecer as qualidades, habilidades e recursos internos para lidar com as adversidades, já que muitas vezes os acontecimentos podem não ocorrer como o esperado e as prioridades podem mudar no meio do caminho. Saiba "reprogramar a rota”;
3- Faça atividades físicas, mas é importante que sejam atividades que tragam o sentimento de satisfação, para que esses esportes e hobbies propiciem bem-estar psíquico e sejam boas estratégias para lidar com o estresse da rotina;
4- Tenha uma boa rotina de sono, já que ele é fundamental para o bom funcionamento do organismo. Definir um horário para deitar e levantar, evitar o uso de eletrônicos pelo menos uma hora antes de ir para a cama e manter o ambiente propício para dormir são algumas estratégias de higiene do sono que podem ajudar;
5- Foque no tempo presente, naquilo que está no controle e nas experiências atuais. Pensar constantemente em momentos do passado ou do futuro pode ser um grande desencadeador de angústia;
6- Seja consciente sobre os seus sentimentos. Não abafe as emoções e aprenda a identificá-las, pois isso é essencial para o bem-estar individual, além de ajudar a determinar a forma mais consciente de agir e lidar com diversas situações;
7- Ao tomar consciência sobre sentimentos e emoções, torna-se mais fácil reconhecer a presença do sofrimento emocional, associado ou não a um transtorno. A partir daí é possível buscar caminhos para aprender a lidar com os problemas emocionais – o primeiro passo para melhorar a qualidade de vida.
* Esta ferramenta não fornece aconselhamento médico. Destina-se apenas a fins informativos gerais, não pretende concluir nenhum diagnóstico e não aborda circunstâncias individuais. Não é um substituto do aconselhamento ou acompanhamento de profissionais da saúde. Alertamos que o diagnóstico e o tratamento não devem ser baseados neste site para tomar decisões sobre sua saúde. Jamais ignore o conselho médico profissional por algo que leu no www.saude.com.br. Se tiver uma emergência médica, ligue imediatamente para o seu médico.
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