Saúde masculina em foco: quando e como começar o check-up preventivo
O check-up é um convite para entender o corpo e viver com equilíbrio
Cuidar da saúde ainda é um tabu para muitos homens. Entre o trabalho, a correria do dia a dia e a resistência em procurar um médico “sem sentir nada”, os exames de rotina acabam sendo adiados. Entretanto, o que parece ser apenas um detalhe pode fazer toda a diferença.
A prevenção continua sendo o caminho mais seguro e inteligente para garantir qualidade de vida em todas as fases. De acordo com o Ministério da Saúde, mais de 70% dos homens só procuram atendimento médico quando apresentam sintomas, o que reduz as chances de diagnóstico precoce de doenças comuns como hipertensão, diabetes e até o câncer.
Sendo assim, entender quando começar e como manter o check-up preventivo é um passo essencial para viver mais e melhor.
Quando começar a se cuidar
A prevenção não tem idade certa para começar, mas tem o momento ideal para se tornar rotineira. Durante a juventude, o foco está em acompanhar a pressão arterial, o colesterol e a glicose. Esses exames ajudam a mapear o metabolismo e detectar precocemente condições que, no futuro, podem se tornar mais sérias. Já a partir dos 40 anos, é indicado ampliar o check-up, incluindo avaliação cardiovascular, hepática e hormonal.
Para homens com histórico familiar de doenças, especialmente cardiovasculares, a atenção deve ser redobrada. E, claro, as consultas não precisam se restringir a clínicas médicas: visitas regulares ao dentista e ao dermatologista, por exemplo, também são parte da saúde preventiva.
Mais do que números e resultados, o check-up é uma oportunidade de conversar com o médico, tirar dúvidas e entender o próprio corpo. Quanto mais cedo o homem se conecta com sua saúde, mais autonomia ele ganha sobre o próprio bem-estar.
O que incluir no check-up
Os exames variam de acordo com a idade e o histórico pessoal, mas há alguns básicos que devem estar sempre na lista: hemograma completo, glicemia, colesterol total e frações, creatinina (para avaliar o rim) e aferição da pressão arterial. A partir dos 40, entram também o exame de PSA (Antígeno Prostático Específico) e o toque retal – ambos fundamentais para monitorar alterações precoces na próstata.
Além disso, exames de imagem, como o eletrocardiograma e o ultrassom abdominal, podem ser recomendados conforme o perfil de risco. O importante é que o acompanhamento seja personalizado: nada de “receita pronta”. Cada corpo conta uma história diferente.
E vale lembrar: saúde não é só ausência de doença. Ter um estilo de vida ativo, boa alimentação, sono adequado e equilíbrio emocional é parte do mesmo pacote preventivo.
Mudando a cultura do cuidado
Durante muito tempo, o autocuidado masculino foi associado à fraqueza. Felizmente, essa visão vem mudando rápido. Campanhas de conscientização e conversas abertas têm mostrado que cuidar de si é um ato de responsabilidade, não de fragilidade.
A nova geração de homens já cresce com outro olhar sobre o tema, entendendo que ir ao médico, fazer exames e falar sobre o corpo é um gesto de coragem. Quando o assunto passa a ser tratado de forma natural, o cuidado deixa de ser obrigação e vira parte da rotina – como se alimentar bem ou praticar esportes.
Colocar a saúde em dia não precisa ser um evento, e sim um hábito contínuo. Marcar uma consulta, rever exames, ajustar o ritmo: tudo isso ajuda a garantir mais energia e qualidade de vida para o presente e para o futuro.
A boa notícia é que nunca é tarde para começar. O corpo dá sinais, mas o cuidado começa antes deles. Afinal, quem aprende a se cuidar hoje, vive melhor todos os dias e por muito mais tempo.
Cuide-se!
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